domingo, 24 de maio de 2009

Tristeza, depressão e experiência infantil

O afecto correspondente à melancolia é o luto ou pesar- isto é, o anseio por alguma coisa que se perdeu.
Sigmund Freud ( 1895)



A tristeza é uma reacção normal e saudável a qualquer infortunio. A maioria, se não todos, dos episódios mais intensos de tristeza é provocada pela perda, ou da previsão da perda, seja de uma pessoa amada, de lugares familiares e queridos, ou de papéis sociais. Uma pessoa triste sabe quem ( ou o que) perdeu e anseia pelo seu retorno. Além disso, provavelmente buscará ajuda e consolo em algum companheiro em quem confia e, em alguma parte da sua mente acreditará que com o tempo e assistência conseguirá recuperar-se, ainda que apenas em parte. Ainda assim, por vezes poder-se-a sentir deprimido durante algum tempo. A pessoa mentalmente sadia consegue atravessar fases de depressão e desorganização, delas saindo, depois de um periodo não excessivamente longo, com o comportamento, pensamento e sentimento já em vias de reorganização para interacções de um novo tipo. O senso de competência e o valor pessoal (auto-estima) permanece intacto e o sujeito prossegue a sua vida.

O que explica então os graus mais ou menos intensos de desespero que são caracteristicos dos disturbios depressivos, e o sentimento de abandono, de rejeição e de desamor experiementados com tanta frequência pelos pacientes como tantos autores desde Freud tem vindo a descrever?
Seligman (1973) chama a atenção para as razões pelas quais uma pessoa, tendo sido frequentemente malsucedida na solução de certos problemas, sente-se desamparada e, mesmo quando enfrenta um problema que tem capacidade de resolver, tende a não fazer qualquer tentativa nesse sentido. Se tentar, se tiver êxito, ainda assim pode considerar esse êxito como simples sorte. Esse estado de ispirito, que Seligman designa como “ desamparo aprendido”, é responsável, segundo ele, pelo desamparo presente nos distúrbios depressivos.

Na maioria das formas dos distúrbios depressivos, inclusive o luto crónico, a principal questão em relação à qual uma pessoa se sente desamparada é na sua capacidade de estabelecer e manter relações afectivas. O sentimento de desamparo pode, nesse caso, ser atribuído às experiências vivida pela pessoa na sua familia de origem durante a infância e que provavelmente continuam até uma fase adiantada da adolescência. Essas experiências são de três tipos:

1- É provável que a pessoa tenha passado pela experiência amarga de nunca ter estabelecido uma relação estável e segura com os seus pais, apesar de ter feito repetidos esforços para isso, inclusive de se ter esforçado ao máximo para atender as exigências deles e e talvez também as expectativas pouco realistas que tenham formulado a seu respeito. Essas experiências infantis fazem com que a pessoa desenvolva uma acentuada tendência a interpretar qualquer perda que possa sofrer mais tarde como mais um de seus fracassos em estabelecer e manter uma relação afectiva estável.

2- É provável que, muitas vezes, tenham dito à pessoa na sua infância, que ela era indigna de ser amada (Portaste-te mal, não gosto de ti!), ou incoveniente ( Não chateis, sai daqui!) ou inconpetente (Já partiste isso, não tens tacto para nada!). Se passou por essas experiências de forma continuada desde a infância até à adolescencia, poderá ter desenvolvido um modelo de si mesmo de ser uma pessoa indigna de ser amada, indesejada, e de um modelo de figuras de apego ( pais ou substitutos) como sendo inacessíveis, ou rejeitadoras e punitivas. Sempre que uma pessoa assim, sofre uma adversidade, portanto longe de achar que os outros podem ajudá –la, espera deles hostilidade e rejeição. A maioria das pessoas sujeitas a estes modelos deprimem ainda durante a infância e adolescência, são o caso dos meninos “ hiperactivos” ou dos adolescentes com maus resultados escolares e caminhos de delinquência.

3- Num terceiro caso, houve mesmo uma perda real de um dos progenitores ou dos dois durante a infância, acarretando-lhe experiências muito desagradáveis ao nivel da segurança afectiva ( retirada das familias, adopção, entrega a familias de acolhimento, abandono e morte dos pais) quando as figuras substitutas não conseguem ser afectivas e seguras para que a vinculação se estabeleça novamente.

O contacto com experiências do tipo descrito aqui, contribui para explicar o desanimo aprendido da pessoa deprimida. Só uma nova experiência de vinculação a alguém que seja seguro, poderá ser reparadora. Essa experiência tem que ser no âmbito do psicoterapia. O procurar ajuda atempadamente poderá minimizar de imediato um sofrimento inimaginável para as pessoas sadias. Dai a dificuldade da familia em perceber na maioria das vezes os sentimenos e o comportamento das pessoas deprimidas. No caso das crianças e adolescentes, quanto mais cedo iniciar uma psicoterapia, mais probabilidades tem de na adultez vir a ter uma vida normal e sem sofrimento. No caso dos adultos, ao fim de algumas sessões o alivio dos sintomas tende a instalar-se e as melhorias na qualidade de vida surgem dia a dia. No entanto nem todas as pessoas deprimidas procuram ajuda, precisamento pelo “ desanimo aprendido”, então se as figuras da sua infância não o souberam amar ( não significa que não tenham amado, foi a leitura que a pessoa fez, mas no entanto por vezes não amaram mesmo), como é que a relação terapeutica pode ser boa e reparadora? Neste caso o papel dos familiares é fundamental. Quando a pessoa precisa de ajuda e resiste a ir a uma consulta, os familiares poderão marcar consulta em conjunto ( pais/ filhos pequenos ou adolescentes, maridos/ esposas, etc), sendo a consulta para a familia e, deixar ao psicoterapeuta a tarefa de “ convencer” a pessoa a iniciar um tratamento. Volto a referir que os medicamentos antidepressivos só em algumas situações se aplicam e que só a psicoterapia ajuda a resolver o problema. O que acontece, na maioria das pessoas deprimidas ,são a frequencia de consultas de psiquiatria só com intervenções farmacológicas e um arrastar da doença anos a fio nas mãos de profissionais, ou mal informados, ou a acreditarem que resolvem tudo. Cabe à familia muitas vezes, encaminhar os doentes incapazes de tomarem uma decisão porque assim o aprenderam quando lhe foi incutido um sentimento de inutilidade e de incapacidade.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Psicose e esquizófrenia

A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamento anormal e alteração do funcionamento social e laboral.
A esquizofrenia é um problema de saúde pública muito grave em todo o mundo. A prevalência da esquizofrenia a nível mundial parece ser algo inferior a 1 %, embora se tenham identificado zonas de maior ou de menor prevalência. Em alguns países, as pessoas com esquizofrenia ocupam cerca de 25 % das camas dos hospitais.
Há várias perturbações que partilham características com a esquizofrenia. As perturbações que se parecem com a esquizofrenia, mas nas quais os sintomas estiveram presentes menos de 6 meses, denominam-se perturbações esquizofreniformes. As perturbações nas quais os episódios de sintomas psicóticos duram pelo menos um dia, mas menos de um mês, chamam-se perturbações psicóticas breves. Uma perturbação caracterizada pela presença de sintomas do humor, como a depressão ou a mania, juntamente com outros sintomas típicos da esquizofrenia, chama-se perturbação esquizoafectiva. Uma perturbação da personalidade que pode partilhar sintomas da esquizofrenia, mas na qual os sintomas não são bastante graves para reunir os critérios de psicose, chama-se perturbação esquizotípica da personalidade.

Causas

Muitas correntes teóricas e quase todas as autoridades na matéria atribuem apenas causas biológicas à esquizofrenia. No entanto o que a prática e a investigação decorrente dai, relata desde há muito ( desde Freud) como principais causas, são relacionais, ou seja, da interacção mãe criança ou pais criança e cuidadores na ausência dos pais. Condições ambientais adversas tais como abandono, negligencia ou uma mãe incapaz de empatizar e ler as manifestações do bébé e que ainda o confunde ( ver posts sobre a patogenia da função materna) nas sensações que apresenta, são na sua maioria factores que contribuíram para a alteração do estado mental da pessoa. No entanto a esquizofrenia pode ter causas biológicas, são caso desse exemplo as provocadas pela ingestão de substâncias.

Sintomas

A esquizofrenia começa mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos nos homens e entre os 26 e os 45 anos nas mulheres. No entanto, não é raro que comece na infância ou cedo na adolescência. A instalação pode ser súbita, no espaço de dias ou de semanas, ou lenta e insidiosa, ao longo de anos.

A gravidade e o tipo de sintomatologia podem variar significativamente entre diferentes pessoas com esquizofrenia. Em conjunto, os sintomas agrupam-se em três grandes categorias: delírios e alucinações, alteração do pensamento e do comportamento e sintomas negativos ou por défice. Uma pessoa pode ter sintomas de um ou dos três grupos. Os sintomas são suficientemente graves para interferir com a capacidade de trabalho, de relação com as pessoas e do próprio cuidado.
Os delírios são crenças falsas que, geralmente, implicam uma má interpretação das percepções ou das experiências. Por exemplo, as pessoas com esquizofrenia podem experimentar delírios persecutórios ( são perseguidos), crendo que estão a ser atormentadas, seguidas, enganadas ou espiadas. Podem ter delírios de referência, crendo que certas passagens dos livros, dos jornais ou das canções se dirigem especificamente a elas. Estas pessoas podem ter delírios de roubo ou de imposição do pensamento, crendo que outros podem ler as suas mentes, que os seus pensamentos são transmitidos a outros ou que os seus pensamentos e impulsos lhes são impostos por forças externas. Podem ocorrer alucinações de sons, de visões, de cheiros, de gostos ou do tacto, embora as alucinações de sons (alucinações auditivas) sejam, de longe, as mais frequentes. Uma pessoa pode «ouvir» vozes que comentam o seu comportamento, que conversam entre elas ou que fazem comentários críticos e abusivos.
A alteração do pensamento consiste no pensamento desorganizado, que se torna patente quando a expressão é incoerente, muda de um tema para outro e não tem nenhuma finalidade. A expressão pode estar levemente desorganizada ou ser completamente incoerente e incompreensível. O comportamento alterado pode tomar a forma de simplismos de carácter infantil, agitação ou aparência, higiene ou comportamento inapropriados. O comportamento motor catatónico é uma forma extrema de comportamento desorganizado no qual uma pessoa pode manter uma postura rígida e resistir aos esforços para a mover ou, pelo contrário, mostrar actividade de movimentos sem estímulo prévio e sem sentido.
Os sintomas negativos ou por défice da esquizofrenia incluem frieza de emoções, pobreza de expressão, anedonia e associabilidade. A frieza de emoções é uma diminuição destas. A cara da pessoa pode parecer imóvel; tem pouco contacto visual e não exprime emoções. Não há resposta perante situações que normalmente fariam uma pessoa rir ou chorar. A pobreza de expressão é uma diminuição de pensamentos reflectida no facto de a pessoa falar pouco. As respostas às perguntas podem ser concisas, uma ou duas palavras, dando a impressão de vazio interior. A anedonia é uma diminuição da capacidade de experimentar prazer; a pessoa pode mostrar pouco interesse em actividades anteriores e passar mais tempo em actividade inúteis. A associabilidade é a falta de interesse em relacionar-se com outras pessoas. Estes sintomas negativos estão, frequentemente, associados a uma perda geral da motivação, do sentido de projecto de vida e das metas a atingir.

Diagnóstico

Não existe uma prova de diagnóstico definitiva para a esquizofrenia. O psiquiatra ou psicoterapeuta elabora o diagnóstico baseando-se numa avaliação da história da pessoa e da sua sintomatologia. Para estabelecer o diagnóstico de esquizofrenia, os sintomas devem durar pelo menos 6 meses e associar-se à deterioração significativa do trabalho, dos estudos ou do desenvolvimento social. A informação procedente da família, dos amigos e dos professores é com frequência importante para estabelecer quando a doença começou.

Prognóstico

A curto prazo (1 ano), o prognóstico da esquizofrenia está intimamente relacionado com o grau de fidelidade com que a pessoa cumpre o plano do tratamento farmacológico. Sem tratamento farmacológico, 70 % a 80 % das pessoas que experimentaram um episódio de esquizofrenia manifestam durante os 12 meses seguintes um novo episódio. A administração continuada de medicamentos pode reduzir para cerca de 30 % a proporção de recaídas.
A longo prazo, o prognóstico da esquizofrenia varia. De um modo geral, um terço dos casos consegue uma melhoria significativa e duradoura, outro terço melhora de certo modo com recaídas intermitentes e uma incapacidade residual e outro terço experimente uma incapacidade grave e permanente. São factores associados a um bom prognóstico o começo repentino da doença, o seu início na idade adulta, um bom nível prévio de capacidade e de formação e o subtipo paranóide ou não deficitário. Os factores associados a um mau prognóstico incluem um começo em idade precoce, um pobre desenvolvimento social e profissional prévio, uma história familiar de esquizofrenia e a exploração do ambiente familiar ao nível dos afectos.
A esquizofrenia tem um risco associado de suicídio de 10 %. Em média, a esquizofrenia reduz em 10 anos a esperança de vida.

Tratamento

Os objectivos gerais do tratamento são os seguintes: reduzir a gravidade dos sintomas psicóticos, prevenir o reaparecimento dos episódios sintomáticos e a deterioração associada do funcionamento do indivíduo e administrar um apoio que permita ao doente um funcionamento ao máximo nível possível. Os fármacos antipsicóticos, a reabilitação profissional e as actividades com apoio comunitário e a psicoterapia são os três componentes principais do tratamento.
Quanto mais cedo iniciar o tratamento (farmacológico e psicoterapeutico) maior são as hipóteses de conseguir estabilizar a doença e conseguir uma qualidade de vida razoável ao nível social pessoal e laboral.
No caso das crianças, qualquer sinal de comportamento estranho, desadequado para a idade atraso de desenvolvimento ( fala, raciocínio, relacional) requerem uma intervenção imediata.


sábado, 9 de maio de 2009

Homossexualidade e lesbianismo: quando procurar ajuda psicológica.


A homossexualidade ou lesbianismo é uma atracção sexual e preferência para indivíduos do mesmo sexo. De forma geral fala-se de lésbicas quando nos referimos a mulheres e homossexuais para homens. No século VII A.C, a homossexualidade era conhecida através de Sapho (Primeira poetisa) habitante da ilha Lesbos na Grécia antiga. Foi a partir dos poemas dedicados às jovens raparigas com quem ela vivia e iniciava na arte de cantar, escrever poemas e dançar que os poetas aos poucos foram tornando credíveis lendas de amores homossexuais. A palavra “ lésbica “ provém da ilha Lesbos. Da Grécia antiga permaneceram muitas provas do amor entre pessoas do mesmo sexo, aliás o amor enaltecido na altura não era o amor entre homem e mulher mas sim entre pessoas do mesmo sexo. As numerosas pinturas de vasos, que representavam crianças e efebos praticando ginástica, possuem inscrições do tipo de "calos" que são outras tantas dedicatórias a "formosos rapazes". A cidade Grega, mesmo evoluída, como a Atenas do século de Péricles, continua a ser um "clube de homens", "um meio masculino fechado" interdito ao outro sexo, no qual a dedicação apaixonada de um homem e de um adolescente de doze a dezoito anos pode ser fomentadora de nobres sentimentos de honra e coragem.O famoso "Batalhão Sagrado" de Tebas, no século IV, é um exemplo típico de bravura colectiva sustentada e cimentada por "amizades especiais". Admitamos que o amor de Sócrates por Alcibíades se tenha mantido puro, aliás com grande despeito do jovem, mas como dirá Plutarco, " Se o amor dos rapazes renega a voluptuosidade, é porque tem vergonha e teme o castigo; como necessita de um pretexto honesto para se aproximar dos rapazes belos, começa por pôr em evidência a amizade e a virtude.Cobre-se de poeira no ginásio, toma banhos frios, ergue as sobrancelhas; cá fora, dá-se ares de filósofo e de sábio, por causa da lei; depois, à noite, quando tudo repousa, doce é a colheita na ausência do guarda".Os séculos passaram e a homossexualidade passou a ser considerada como uma doença devido à ignorância e ao preconceito. No século XX alguns países da Europa tais como a Inglaterra a França e a Alemanha legalizaram as relações homossexuais entre adultos. A Associação Psiquiátrica Americana devido a pressões e a evidências científicas deixaram de a incluir no DSM como doença. No entanto ser homossexual ainda traz problemas a quem se assume com essa identidade: perca de emprego, rejeição social, descriminações de vária ordem, ou até prisão como em alguns estados dos Estados Unidos.
A nossa cultura sempre perseguiu os homossexuais, criando tabus e tratando o desejo homossexual como doença, trazendo ao sujeito enormes preconceitos e conflitos internos pela pressão social exagerada. Aceitar a homossexualidade de alguém numa família é sempre um momento de grande tensão e por vezes de rejeição. Não raras vezes a pessoa é tolerada no seio da família mas para a sociedade continua a ser negada essa identidade. Os companheiros/parceiros aparecem como amigos de faculdade, partilha de casa, colegas de emprego, mas nunca são apresentados como parceiros de vida. mas, felizmente nem todas as famílias reagem assim, aceitando essa escolha tal como aceitariam outra de natureza heterossexual.
Apesar das investigações indicarem a formação da identidade de género como algo que se forma na relação com as figuras significativas da vida da pessoa, temos que entender duma vez por todas é que o homossexual não é doente e não existe tratamento para esse tipo de desejos. O que sucede muitas vezes é que a pessoa pensa que se aceita como homossexual mas quando testado em situações práticas reage de forma contrária, porque a sua identidade sexual não está definida. Ter práticas homossexuais não quer dizer que a pessoa tenha essa identidade definida. Quando essa definição não está concretizada e isso causa sofrimento à pessoa então estamos a falar de doença. Mas estamos a falar de doença a um nível da emoção, do sentimento que tem a ver com indefinições e não com o acto em si. São estes casos que procuram ajuda psicológica, os que não vivem bem com a sua escolha, ou não sabem o que são.
Se um psicólogo que atender um caso de homossexualidade no seu consultório disser que tem tratamento para a homossexualidade está a induzir em erro o paciente. Não são raras as situações em que os pais de jovens confrontados com essas escolhas os obrigam a ir a consultas afim de “ tratar” esse problema.
A homossexualidade não é doença e não existe tratamento. Não conseguir viver com esses desejos, reprimi-los, esconde-los, ou negá-los para si próprio e para os outros é que já é considerado problema. Aí, talvez o melhor seja mesmo procurar ajuda de um psicoterapeuta para o ajudar a perceber-se melhor e a lidar com esses sentimentos. Uma sexualidade reprimida poderá levar a estados depressivos graves.