Pais, professores e educadores, ficam sem saber o que fazer, perante as dificuldades que por vezes surgem no decorrer do processo de aprendizagem escolar das crianças. Cada vez mais essas dificuldades surgem em idades muito precoces. Sucedem-se os pedidos de avaliação psicológica, oriundos de diversos técnicos. Mas, os testes apenas tem por função avaliar os componentes cognitivos e funcionamento geral da criança. Na maioria dos casos não são as falhas do ponto de vista cognitivo, mas sim a ausência de um bem-estar emocional que cria a indisponibilidade interior para manter vivo o desejo de conhecer e o prazer de aprender. Estas crianças estão preocupadas com outras coisas, cheias podemos dizer, logo não existe espaço para mais nada, e o conteúdo das aprendizagens pode por vezes despertar emoções difíceis de viver.
Nestes casos, e sempre que os professores ou pais verifiquem que a criança não está bem emocionalmente poderão recomendar que consultem alguém da especialidade. Poderão começar pela consulta de psicologia clínica onde será feita uma avaliação cognitiva e emocional para que se conclua se é necessário uma psicoterapia. Quase sempre é. Se for necessária intervenção de pedopsiquiatria será aconselhado que os pais o façam, porque quase sempre é necessário uma intervenção multidisciplinar.
Estas crianças apresentam muitas vezes uma irrequietude não raras vezes confunfida com a hiperactividade, tristeza, apatia, agressividade verbal e fisica entre outros sintomas.